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Só o amor não é o suficiente

Written By De Estimação on domingo, 8 de junho de 2008 | 09:16

Desde que me conheço por gente eu amo os animais e sempre tive a certeza de que nasci para ser veterinária e salvá-los de qualquer tipo de dor, sofrimento, maus tratos e coisas afins. Lembro-me de uma vez, quando tinha meus 15, 16 anos, estava com meu primo Gustavo andando nas ruas de Vila Isabel, onde morei por muitos anos, no Rio, e a cada esquina que havia um animalzinho, eu parava, sentava ao seu lado e ficava ali de conversa com o bichinho. Meu primo ficava danado da vida, dizendo que assim não era possível, que não chegaríamos nunca ao nosso destino daquele jeito, comigo parando de esquina em esquina. Pura verdade! Era assim mesmo e é assim até hoje. Quantas e quantas vezes paro, perco o ônibus, me atraso, por causa desses seres que me fascinam. Quantas e quantas vezes saio com porções de ração dentro da bolsa para que, em caso de encontrar algum famintinho pelo caminho, poder saciar a fome dele. Essa sou eu.


Enfim, hoje eu estou vendo que eu não vou conseguir salvá-los de todo o mau que nos rodeia e que os rodeia também. Até o início desse ano eu morava com 11 gatos (foto) – Lurdes, Lucio, Luli, Durval, as Harmony Cats – Juju, Lorinha, Riqueza (mãe e suas 2 filhas, respectivamente), Nega, Feijão, Cláudio, Charles e Clarinha. Depois veio a Lola, que não está na foto. Nos mudamos, e de um dia para o outro se foram, Cláudio, Lurdes, Durval, Charles, Juju e Lolinha. Seguimos em frente com a turma e coração pela metade. Nos mudamos novamente. Meus amores em casa, tranqüilos, mas como gato gosta de descobrir tudo, descobriram a bendita rua. Até a minha loirinha, tão amada, tão tão tão tão, que só ficava na cama dormindo feito uma princesa, a descobriu e essa descoberta a leu para o céu, perto de Deus e de Francisquin e para tão longe de mim.

Minha loira, quanta saudades eu estou sentindo... Minha rabugenta tão doce e eternamente amada! Eu amo todos, todos, todos, todos, mas ela... Ela tem uma história diferente. Quando a Juju teve seus skindindins, dos seis, ela era a menorzinha.Tanto que o nome dela ficou Miudeza, depois a apelidei de Loirinha. Éramos as duas loiras da casa. Eu a dei para o meu vizinho que queria um gatinho amarelo. Ela ainda era uma coisinha que cabia na palma da minha mão. Pois bem, umas duas semanas depois dela estar em sua nova casa, o meu vizinho me liga dizendo que ela estava doente. Na mesma hora peguei ela e levei para a Li, nosso anjo da guarda, minha eterna amiga e a melhor veterinária do mundo. Pois bem, Miudezinha estava mal, muuuuuuito mal. A recomendação foi deixá-la isolada para não passar a pneumonia para os outros. Fingi que ouvi, voltei pra casa com ela, me enfiei debaixo do edredon com minha pecurruchinha e pronto. No dia seguinte, não estava curada, lógico, mas já era outra gatinha. Ficou boa e lógico, não siau mais lá de casa! :0)O que o amor não faz, né? Mas enfim, às vezes o amor não é o suficiente e eu só estou descobrindo isso hoje. Depois de ter escapado dessa, minha loirinha teve uma terrível infecção intestinal que durou meses e meses. Foi uma luta diária e ela foi forte. Bem mais forte do que eu. Ela, tão pequenininha ainda, me olhava com aqueles olhos, nossa, era de doer a minha alma.
Seguimos em frente. Ela ficou boa e a danada engravidou. Na hora do parto, não conseguia ter os nenéns. Corri pros braços da Li de novo. Fizemos cesariana, e eu tive a felicidade de acompanhar o nascimento daqueles seres minúsculos, filhos da minha loirinha. Fui eu que cortei a placenta e os vi respirando pela primeira vez. Nunca vou esquecer disso. Voltamos pra casa. Ela cheia de pontos, rejeitou os filhotes e eu que tinha que dar de mamá para eles pela madrugada a dentro, até que um dia ela os aceitou e deu de mamá com o maior amor do mundo. Que pena, já era tarde, eles já estavam desnutridos, mesmo com todo o meu amor de alimentá-los. Resultado. Todos se foram, um após o outro, dia após dia. Voltamos a ser nós duas de novo. Passaram os dias, observei um caroço na barriga adivinhem de quem? Pois é, da minha lorinha. “Liiiiiii....!!!!” Resposta. Outra cirurgia. Abrir tudo de novo para retirar o caroço. Lá fomos nós de novo para a mesa de cirurgia. Finalmente ficou boa, linda, gorda, porém com as pernas sempre fininhas, como as minhas, mas ainda assim ela era linda!!! Aí veio o Feijão, um gatinho pretinho, quase sem pelo, só na pele mesmo. Ela o adotou logo no primeiro encontro (foto). Aí viemos todos para Curitiba! Um barato! Meus amores até de avião já viajaram, mas enfim, aqui, fiquei sem eles.

E ela também. Feijão sumiu, Carinha morreu. Veio Lola, se não me engano ela deixava a Lolinha mamar nela também, mesmo sem ter leite. Aí Lolinha se foi, mas deixou ShingLing, minha queridíssima, também. Shing mamava na minha loira. Até que um dia minha loirinha não entrou para dormir. Senti falta, achei estranho. Na sexta, quando cheguei do trabalho, tive a notícia.

Desde então me sinto triste. Algumas pessoas falam. Ah! É um gato etc... Pode ser, mas para mim, é igual a perder um amigo, um familiar, a única coisa que muda é o formato físico de cada um.

Sinceramente ainda não consegui entender porque essas coisas estão acontecendo e assim, tão rápido. Acredito em Deus e que Ele sabe o que está por vir no meu caminho. Então, tenho procurado entender que tudo isso, esse rompimento com meus amores, deve ser algum propósito de Deus. Um dia lá na frente saberemos. Por agora tudo o que sei é que só o amor não é o suficiente para permanecermos juntos.

No dia em que os meus amores que ainda estão comigo, se forem, acho que não vou mais morar com nenhum animalzinho. Sei que isso não será tarefa fácil, mas não quero mais. Não resolve nada, nem pra mim, nem pra eles. O meu amor será eterno, estarei sempre com eles, mas a dor é tamanha e não sei até quando terei estrutura para suportar...

Enfim... aí vão alguns dos meus momentos com a minha loirinha.








Descanse em paz meu amor, descanse em paz!

6 comentários:

Anônimo disse...

liinnnnnnn não fica trisitnha não ta, ela ta olhando por vc rs, é uai eu acredito nisso! e todos os bichinhosq vc sempre cuida pode tr certeza q te amam muito,
" É mais fácil amar os animais do q nosso iguais."

Amei as fotos. Bjsssssss mei-duda rs

Anônimo disse...

É AMIGA... COMO JA HAVIA FALADO NO E-MAIL SINTO MT. VC SABE NÉ TB TENHO GATOS, ACREDITA Q JA TEM 5 LA EM KS ???
A CHANINHA LEMOS - ZULMIRA
CLARINHA
KATIA CILENE
UMA Q FICOU EU A CHAMO DE HORROSA PQ NÃO GOSTO DELA. RSSS
E O INTRUSO , Q TB FICOU DE MITIDO. RSSSSS
CONSEGUI DAR RECENTEMENTE O FERRAÇO E A LAURA(PERSONAGEM DE ANA PAULA ARÓSIO NA NOVELA, POIS ELE ERA UMA MISTURA DE CIAMESA, OLHOS AZUIS)MAS TIVE Q DA-LOS POIS SENÃO FICARIA IGUAL A TI.
RI QD VC FALOU Q PARAVA NAS RUAS P CONVERSAR C OS ANIMAIS E SEU AMIGO FALAVA Q ASSIM NUNCA CHEGARIAM A SEUS DESTINO. RSSS TB RI EM SABER Q VC LEVA RAÇÃO NA BOLSA. KKK
LEMBREI DO DIA Q ESTAVÁ-MOS NÓS 2LÁ NA AULA DE DANÇA DA UFC E QD VI VC TAVA SENTADA CONVERSANDO COM UM GATO: " OI GATINHO, TD BEM ?" E FICOU TIRANDO UMAS FORMIGAS Q ESTAVAM NA COMIDA DELE. KKKK
AH AMIGA TE AMO TANTO. DESCULPE-ME POR DZ QUE RI DESSAS 2 SITUAÇÕES, MAS VC SABE Q SOU DOINDIN. MAS SAIBA Q ESTOU TRISTE POR VC.
FICA BEM TÁ.
TE AMO.

Anônimo disse...

Paulete, amei as fotos, aquela então da patinha e o dedo!!!!!! maravilhosa!!!! Mas, afinal, o que aconteceu com ela???? Vc acabou não dizendo.... saiu e não voltou como assim????
Bjinhos e força amiga, não tem jeito eles vivem menos que nós, é muito ruim mesmo, eu sei como se sente.... e por isso prometi que não queria mais nenhum bichinho....

Anônimo disse...

Ah, menina... como eu te entendo! Esses bichinhos, que eu chamo "gente de pêlos", são tudo. E não tem o que dizer em uma hora dessas. Bj gde, Mo.

Madame A. disse...

Amo sua sensibilidade, Lin!!!!!

Anônimo disse...

Eu tinha comentado, mas não foi.
Eu lamento que a Loirinha se foi, e não consigo nem imaginar minha vida sem os meus.
bjs
Lu


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