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Efeito Animal

Written By De Estimação on sábado, 22 de novembro de 2008 | 17:08

Por Camila Almeida

No dia 14 de novembro de 1973 às sete da manhã no bairro Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, nasce Pauline de Azevedo Machado Chaves, filha caçula do primeiro casamento entre dona Palmira de Aquino Machado e seu Flavio de Azevedo Maria Chaves. A menina magrela, levada e moleca que chupava o dedo, ganha através da mãe um apelido – Lin, pequeno e supimpa como pó de pirlim pim pim.


Às vezes a menina entrava em um mundo de fantasias de brincar com o primo Bruno e seu tio João de imitar as cenas de desmaios das telenovelas no qual apresentavam para a família, mas o seu passatempo predileto era ir para a casa da avó Mariana, brincar com os gatos e cachorros e junto da irmã mais velha Flávia dar banhos nas galinhas, pegá-las no colo e sentir o cheiro das penas molhadas.


A paixão por animais, principalmente por gatos, vem desde pequena, quando levava animais de rua para casa. O espírito de ser veterinária é cada vez mais forte, e a partir desse momento torna-se um sonho que permanece ate hoje, como diz Arthur Schopenhauer “A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”.


O fato de não ter sorte no amor, como ela mesmo diz, e da maioria do tempo estar sozinha, aos 14 anos começou a namorar um carioquinha que a encantou e no qual ficou quatro meio anos. Com ele viveu muita coisa até mesmo uma gravidez com seguinte aborto, depois teve vários relacionamentos tidos como errados, até mesmo um padre namorou no qual se visitavam durante as férias que passavam na cinzentinha Curitiba. Essa marmota durou 4 anos, hoje, morando aqui, nunca se encontram, mas se falam por email e telefone, aqui e acolá. Ela acha melhor assim, cada um na sua. Ele escolheu a profissão dele e ela não quer mais homens comprometidos, ainda que seja com Deus.


O espírito aventureiro bate a porta, pega o pouco que tem, roupas e CDs e parte de mala e cuia, a música Califórnia de Lulu Santos “Garota eu vou pra Califórnia viver a vida sobre as ondas vou ser artista de cinema, o meu destino é ser star” retrata exatamente esse tempo. Com seus 26 anos sai do Estado onde o Cristo Redentor nos olha e parte não para Califórnia, mas sim para terra onde tudo é sol, mar, sobra e água fresca, a linda Fortaleza, onde viveu 7 quase 8 anos. Não virou star, mas viveu coisas que até Deus duvida: sofreu, chorou, se decepcionou, mas hoje agradece por tudo que passou. Em Fortaleza fez grandes amizades e começa a fazer aulas de dança de salão o que torna-se sua paixão.


A super fã maluqueti de Supla e Mauricio Manieri faz loucuras pelos ídolos. O seu primeiro encontro com o cantor Supla foi em 1986 no Cassino do Chacrinha, no qual saiu correndo e invadiu a limusine onde o vocalista da banda Tókio estava para pedir um autógrafo. Já com Mauricio Manieri quem pagou o mico foi sua amiga Luciana, que para satisfazer as idéias mirabolantes e esquisitas da amiga, caiu na burrice de atender ao seu pedido de tirar uma foto do suvaco do Maurício.Ao contar para o cantor o que ela queria, ele ficou “meio assim” com o pedido, já que se tratava de uma coisa estranha e é claro que ele não atendeu e a amiga que ficou com cara de paisagem. Muitos amigos já presenciaram pérolas da Lin. Fábio, seu amigo, diz ter ido à uma aula de dança com ela e ao sair ela some, de repente à avista conversando aparentemente só, quando olha era um gato perdido e ela dizia: "oi gatinho tudo bem? Você tá com fome?" e passava a mão no gato. Todos que passavam olhavam e o amigo só ria.


A garota apaixonada por animais tenta ser veterinária após algumas tentativas frustrantes e desiste, pensa em algo que pudesse ajudar os bichanos sem ser especialista, então lhe ocorre a idéia de fazer jornalismo e dar voz aos animais. Em 2006 resolve se mudar de Fortaleza e vir para a cinzentinha Curitiba onde sua irmã mora há 8 anos. No começo não foi nada fácil se acostumar com a gelada Curitiba e as mais 1001 blusas e vários cachecóis ajudaram a carioca de coração cearense perdida em Curitiba, como se descreve.


De querer ser astróloga quando pequena, passa do sonho da veterinária, para ser jornalista. Hoje ao apresentar o seu TCC vê seu projeto, de uma revista de animais chamada De Estimação, ser concluída com sucesso. A nova jornalista com alma veterinária, cumpre seu papel de dar voz aos animais, fazendo o que realmente gosta.

2 comentários:

Anônimo disse...

lin do céu... :O

ass: duda

Madame A. disse...

super idéia.....
perfis por olhos alheios!
ótimo, ótimo, ótimo!


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